Sempre ambicionei escrever. Porque escrever é arrumar a alma, e quando escrevo consigo compartimentar as minhas dores. Com as letras consigo ultrapassar as minhas confusões, com as minhas ficções consigo transpor-me para um mundo irreal. Escrever surge-me como algo terapêutico. Escrever é o meu forte. A minha fonte de diversão privada, a minha poesia interior. Escrever é sonhar.
sexta-feira, 18 de março de 2011
segunda-feira, 14 de março de 2011
Memórias de outrém
“Os seus cabelos loiros estavam cuidadosamente entrançados. O seu olhar vagueava à minha volta. Parecia não querer olhar propositadamente para mim. Isso incomodava-me. Eu queria que ela olhasse para mim, que sorrisse e me abraçasse. Eu queria sentir os seus olhos azuis a incidir em mim!
-Florence? – Chamei, timidamente.
Florence fingiu ter apenas reparado em mim no momento em que proferi o seu nome.
-George? Diz. – A sua voz estava um pouco distante.
Eu sentei-me no muro de pedras que havia no bosque. Ela imitou-me.
-Eu não te quero perder. – Sussurrei-lhe ao ouvido.
O seu olhar ganhou vida perante as minhas palavras. Pousei a minha mão sobre a sua e inclinei a cabeça. Lutei contra comigo próprio para fechar os olhos. Recusava-me a perder todos os segundos da sua beleza. Com vontade e força fechei os olhos e deixei os meus ouvidos deleitarem-se com o prazer de me guiarem. Conseguia ouvir o coração de Florence a acelerar. Isso queria dizer que ela estava igualmente ansiosa, como eu. Eu nunca tinha beijado ninguém… E Florence era o que mais se assemelhava a uma namorada de infância. Sonhava todas as noites com aqueles lábios carnudos, com aqueles límpidos olhos azuis… Andava a enlouquecer. Tudo o que precisava era de um beijo, mentalizei-me. E era isso que eu estava a tentar fazer. Estava a tentar curar-me com o beijo dela.”
-Florence? – Chamei, timidamente.
Florence fingiu ter apenas reparado em mim no momento em que proferi o seu nome.
-George? Diz. – A sua voz estava um pouco distante.
Eu sentei-me no muro de pedras que havia no bosque. Ela imitou-me.
-Eu não te quero perder. – Sussurrei-lhe ao ouvido.
O seu olhar ganhou vida perante as minhas palavras. Pousei a minha mão sobre a sua e inclinei a cabeça. Lutei contra comigo próprio para fechar os olhos. Recusava-me a perder todos os segundos da sua beleza. Com vontade e força fechei os olhos e deixei os meus ouvidos deleitarem-se com o prazer de me guiarem. Conseguia ouvir o coração de Florence a acelerar. Isso queria dizer que ela estava igualmente ansiosa, como eu. Eu nunca tinha beijado ninguém… E Florence era o que mais se assemelhava a uma namorada de infância. Sonhava todas as noites com aqueles lábios carnudos, com aqueles límpidos olhos azuis… Andava a enlouquecer. Tudo o que precisava era de um beijo, mentalizei-me. E era isso que eu estava a tentar fazer. Estava a tentar curar-me com o beijo dela.”
domingo, 13 de março de 2011
Carta para um ex-namorado
Para te fazer rir, miúda <3
Caro prestes-a-ser-ex-namorado,
Venho por este meio informá-lo do quão insatisfeita me encontro relativamente à nossa relação. É muito complicado gerir uma relação à distância, principalmente quando uma das partes não colabora, pelo que a relação tornou-se insustentável. Connosco "longe da vista, perto do coração " aparentemente não se verificou. Gostaria, de portanto, comunicar-lhe do que, a meu ver, correu mal:
Caso não se sinta confortável com a ideia de uma conversa a dois, agradecia que me contactasse de algum modo e me informasse da sua decisão, para poder avançar e poder -ao contrário de si - manifestar interesses românticos por outros indíviduos do sexo masculino sem correr o risco de ser considerada uma mulher sem carácter.
Atenciosamente,
Elisa
Caro prestes-a-ser-ex-namorado,
Venho por este meio informá-lo do quão insatisfeita me encontro relativamente à nossa relação. É muito complicado gerir uma relação à distância, principalmente quando uma das partes não colabora, pelo que a relação tornou-se insustentável. Connosco "longe da vista, perto do coração " aparentemente não se verificou. Gostaria, de portanto, comunicar-lhe do que, a meu ver, correu mal:
- Há vários aspectos que poderiam ter sido limados e posteriormente evitado muitos problemas, sendo a comunicação um deles. Acredito que não saiba como expressar sentimentos na forma de palavras, ou ideias, mas em qualquer situação do quotidiano irá necessitar desta ferramenta para se poder exprimir. Os seus níveis nesta área são bastante baixos, pelo que não vejo grande futuro para si, a não ser que comece a valorizar a comunicação e se comece a exprimir.
- Gostaria que tivesse tido em consideração os sentimentos desta que tanto lhe dedicou. Sacrifiquei bastante de mim para o deixar mais à vontade. Infelizmente nunca valorizou os meus sacrifícios.
- Compreendo que por vezes tenha sido complicado encontrar-se comigo e colaborar em actividades comuns, pois nem sempre é fácil ceder. No entanto, sempre o tive em grande estima e tudo tentei para o fazer feliz. É por este motivo que não compreendo o porquê de não se interessar mais em facultar-me uma explicação para o sucedido. Creio que a mereço pois fui capaz de suportar os seus defeitos e manias mais estranhas durante vários anos.
Caso não se sinta confortável com a ideia de uma conversa a dois, agradecia que me contactasse de algum modo e me informasse da sua decisão, para poder avançar e poder -ao contrário de si - manifestar interesses românticos por outros indíviduos do sexo masculino sem correr o risco de ser considerada uma mulher sem carácter.
Atenciosamente,
Elisa
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